Ocorre uma inflamação da fina membrana que reveste internamente as articulações (sinóvia), que se espessa e secreta líquido dentro da cavidade articular. Como resultado vai ocorrer inchaço, dor e limitação da movimentação articular. Pode-se notar ainda dificuldade na movimentação ao acordar (rigidez matinal) ou após longos períodos em repouso.
Para evitar a dor, os pacientes tendem a manter as articulações em posição semifletida, podendo evoluir para atrofias musculares e deformidades, se não forem diagnosticados e tratados adequadamente.
A Quiropraxia pode ajudar pacientes com artrite, ao oferecer um tratamento não-invasivo e sem uso de medicamentos para aliviar a dor e prevenir o enrijecimento das articulações não afetadas pela doença. Os quiropraxistas são especializados em detectar e corrigir desalinhamentos e problemas nas articulações com ajustes suaves e especializados.
Características
A artrite idiopática juvenil não é uma doença única; o termo se aplica a algumas artrites crônicas que ocorrem em crianças e compartilham certas características. O sistema de classificação atual, da International League of Associations for Rheumatology, define as categorias da doença com base em achados clínicos e laboratoriais. Algumas das categorias são subdivididas em formas diferentes.
Muitas dessas categorias provavelmente incluem mais de uma doença, mas são úteis para ajudar a agrupar as crianças com prognóstico e resposta ao tratamento similares. Além disso, as crianças às vezes mudam de categoria durante o curso da doença. As categorias incluem:
AIJ oligoarticular é a forma mais comum e geralmente afeta meninas jovens. É caracterizada pelo envolvimento de 4 articulações ou mais durante os primeiros 6 meses da doença, e é dividida em 2 tipos: persistente (4 articulações envolvidas) e estendida (articulações envolvidas após os primeiros 6 meses da doença).
AIJ poliarticular é a segunda forma mais comum. Ela afeta 5 articulações ou mais no início e é dividida em 2 tipos: Fator Reumatoide (FR) negativo e Fator Reumatoide positivo. Normalmente, meninas jovens são FR negativo e têm um prognóstico melhor. O tipo FR positivo costuma ocorrer nas adolescentes e frequentemente é semelhante à AR de adultos. Nos dois tipos, a artrite pode ser simétrica e com frequência envolve as pequenas articulações.
Artrite relacionada com entesite envolve artrite e entesite (inflamação dolorosa na inserção dos tendões e ligamentos). É mais comum entre meninos mais velhos que podem subsequentemente desenvolver características clássicas de uma das espondiloartropatias, como espondilite anquilosante ou artrite reativa. A artrite tende a ocorrer nos membros inferiores e é assimétrica. O alelo HLA-B27 é mais comum nesse tipo da AIJ
AIJ psoríatica apresenta distribuição bimodal relacionada à idade. Um dos picos ocorre em meninas jovens e o outro pico ocorre em homens e mulheres mais velhos (que são igualmente afetados). Está associada com psoríase, dactilite (dedos inchados), cavitações ungueais (próximo às unhas) ou história familiar de psoríase em um parente de 1º grau. A artrite é frequentemente oligoarticular.
AIJ indiferenciada é diagnosticada quando os pacientes não atendem os critérios para qualquer categoria ou atendem os critérios para mais de uma.
AIJ sistêmica (doença de Still) envolve febre e manifestações sistêmicas.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e baseia se na presença de artrite em uma ou mais articulações com duração igual ou maior a 6 semanas. Várias doenças, como por exemplo, as infecções, devem ser pesquisadas e descartadas, uma vez que a artrite é manifestação comum em várias doenças não reumáticas.
Além da dor e da inflamação articular pode ser observada uma certa dificuldade na movimentação ao acordar (rigidez matinal), fraqueza ou incapacidade na mobilização das articulações, além de febre alta diária (> 39º C) por períodos maiores do que 2 semanas. O exame laboratorial Fator Reumatoide está presente em cerca de 10% dos pacientes. Existem ainda exames clínicos para detectar anticorpos antinucleares (FAN), anticorpo antipeptídeo citrulinado anticíclico (anti-CCP) e testes de HLA-B27 (mais comumente presente na artrite relacionada com entesite.)
Tratamento
O tratamento deve ser feito por meio de acompanhamento multidisciplinar com profissionais da saúde, que inclui um diálogo importante e educação do paciente e da família, cuidados domiciliares e ajustes a vida social do paciente desde o momento do diagnóstico. Uma boa relação entre o profissional da saúde, paciente e familiares é fundamental para que o tratamento tenha sucesso, pois se trata de um processo bastante longo.
Cada tipo de Artrite Idiopática Juvenil tem um tratamento próprio com esquema terapêutico específico, de acordo com as suas manifestações clínicas. Os pacientes com manifestação articular leve podem ser tratados com anti-inflamatórios não-hormonais isolados (aspirina, naproxeno e ibuprofeno) e corticóides, que controlam a inflamação e a dor e são utilizados por longos períodos.
Outros remédios, chamados drogas de base (ou de segunda linha), são acrescentados gradualmente nos casos de inflamação persistente, ou seja, má resposta aos antiinflamatórios não-hormonais e visam controlar e até mesmo cessar a inflamação. Os mais utilizados são a hidroxicloroquina (ou o difosfato de cloroquina), a sulfassalazina e o metotrexato.
Fonte:
https://ipemed.com.br/blog/artrite-idiopatica-juvenil/#:~:text=O%20tipo%20sist%C3%AAmico%20de%20artrite,rara%2C%20pode%20acometer%20tamb%C3%A9m%20adultos.
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/artrite-idiopatica-juvenil/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/artrite-idiop%C3%A1tica-juvenil/artrite-idiop%C3%A1tica-juvenil-aij
https://www.spsp.org.br/2008/11/06/artrite_idiopatica_juvenil/