Como entender e comunicar a filosofia quiroprática em 7 passos

Inácio Shibata • September 15, 2022
A publicação científica Journal of Chiropractic Humanities publicou, em janeiro de 2005, um artigo assinado pelos pesquisadores Timothy A. Gross e Charles Butler intitulado “A Model for Learning to Understand and Communicate the Philosophy of Chiropractic: Using the 7 Habits of Highly Effective People” (em tradução livre para o português, seria Um modelo para aprender a compreender e comunicar a filosofia da quiropraxia: usando os 7 hábitos de pessoas altamente eficazes), em que se propõe explicar os conceitos filosóficos da quiropraxia por meio do modelo do livro 7 Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes, best-seller escrito por Stephen Covey.

No artigo, os autores afirmam que a filosofia da Quiropraxia é tão vital para a profissão quanto a ciência e a arte, e sugerem que usar os 7 Hábitos de Covey como modelo é útil, prático e digno para os quiropraxistas considerarem como outra via de diálogo, avançando a filosofia da quiropraxia e servindo como uma plataforma para aprender a compreender e comunicar melhor a filosofia da Quiropraxia. Para eles, para que as percepções criem comportamentos desejados, elas devem se tornar hábitos, e é isso que o livro de Covey ensina. A partir daí, pode-se criar princípios aplicáveis pelos quiropraxistas nos dias atuais.

Com isso, uma síntese dos novos hábitos a serem adquiridos pode ser entendida da seguinte forma:


Novo Hábito #1: Seja proativo.

Somos condicionados a responder de certa forma a um determinado estímulo. A resposta ao estímulo pode ser o elemento fundamental em como nos adaptamos ao ambiente interno e externo, como mantemos a homeostase ou se a mensagem apropriada vai da célula do cérebro para a célula do tecido e vice-versa, preenchendo um espaço que pode ser a chave para nossa função, comportamento, estado de saúde ou como a inteligência inata é personificada.

Os autores fazem um paralelo desse conceito com o princípio 30 preconizado por R.W. Stephenson no livro “Chiropractic Textbook”, que diz que “a interferência com a transmissão de forças inatas causa incoordenação ou doença”. Com isso, se essa mensagem ou estímulo for interpretado incorretamente, o resultado pode ser incoordenação, doença ou falta de saúde e respostas e comportamentos mal direcionados.


Novo Hábito #2: Comece com o fim em mente.

Para começar com o fim em mente, é criar uma imagem ou paradigma vívido para que se possa usá-lo como critério para um quadro de referência para o qual tudo o mais é examinado; se alguém começa com uma premissa falha, uma conclusão válida não pode ser alcançada. O ciclo simples descrito no texto de Stephenson pode esclarecer isso melhor. "Criação, transmissão e expressão fazem metade do ciclo."


Novo Hábito #3: Coloque as primeiras coisas primeiro.

Aprender a compreender e comunicar a filosofia da Quiropraxia, colocando as primeiras coisas em primeiro lugar significa para os autores estudar e compreender os 33 princípios escritos por Stephenson. Esses princípios podem ajudar a alinhar os paradigmas e orientar comportamentos na comunicação e na prática da Quiropraxia. Eles fornecem a base sobre a qual se pode construir diretrizes éticas para compreender e comunicar a filosofia da Quiropraxia.


Novo Hábito #4: Pense Ganha-Ganha.

O Hábito 4 é um estado de espírito e coração que busca benefícios mútuos e é baseado no respeito mútuo em todas as interações. Pode ser melhor entendido a partir de Stephenson, que afirma: “A função da inteligência inata é adaptar as forças universais e a matéria para uso no corpo, de modo que todas as partes do corpo tenham uma ação coordenada para benefício mútuo.”
Novo Hábito #5: Procure entender primeiro para então ser entendido.

O modelo recomendado no artigo sugere levar em consideração os princípios propostos por Stephenson ao formar paradigmas ou suposições na hora da criação de padrões de pensamento habituais que influenciarão o resultado de nossa interação com os outros. “Por meio da compreensão e da comunicação, podemos construir relacionamentos bem-sucedidos uns com os outros para construir uma profissão forte baseada em princípios”, afirmam os autores.


Novo Hábito #6: Desenvolva compreensão mútua.

Ná há apenas uma maneira de se solucionar algo, há sempre uma terceira opção, e é isso que se deve buscar. É fruto do respeito mútuo, de compreender e até mesmo celebrar as diferenças na solução de problemas e no aproveitamento de oportunidades. O Princípio 4 de Stephenson afirma: A vida é uma Triunidade com três fatores unidos necessários: Inteligência, Força e Matéria. "Todos os três devem estar presentes e em sinergia para personificar o verdadeiro potencial do poder que está dentro de cada um de nós, assim como a quiropraxia deve ter sinergia entre a filosofia, a ciência e a arte para permanecer forte”, afirmam os autores.
Novo Hábito #7: Afine o instrumento.

O sétimo hábito de Covey, chamado "Afine o instrumento", consiste em nos renovarmos constantemente em quatro áreas básicas: físico-social, emocional, mental e espiritual. Para “afinar o instrumento”, deve-se desenvolver bons hábitos. “Devemos identificar nossos valores para poder viver e ensinar em conformidade com os princípios da Quiropraxia. Devemos descobrir quais são nossos próprios paradigmas ou suposições e desenvolver continuamente o conhecimento e as habilidades que criarão o desejo de compreender; só então podemos comunicar a filosofia da Quiropraxia”, finaliza o artigo.

Fonte: https://ur.booksc.org/book/25586051/3ac5fc

Share by: