A importância dos testes sensoriais na avaliação quiroprática

 

O Homúnculo de Penfield foi criado pelo neurocirurgião canadense Dr. Wilder Penfield (1891-1976), e é uma representação visual do mapeamento do espaço corporal no córtex somato-sensorial do cérebro, com o tamanho do membro ou órgão do corpo representando o tamanho da área do córtex dedicada a ele e, portanto, a sensibilidade dessa região também.

 

Este modelo mostra de maneira esquematizada como o ser humano se pareceria se nossa anatomia fosse proporcional ao lugar que ocupa nas áreas sensíveis de nosso cérebro. No Homúnculo de Penfield, as mãos, a boca, o rosto e os pés são exageradamente grandes, demonstrando que eles ocupam um lugar importante nas funções cerebrais e que possuem vias de acesso privilegiadas ao nosso lobo parietal, no qual residem nossas áreas somatossensoriais. 

 

São também o berço de muitos reflexos arcaicos (reflexo palmar, Babinski, cabeça-queixo, pontos cardeais). Com isso, quanto melhor for a representação sensorial de uma região em nosso cérebro, melhor será a ordem e o controle motor resultantes. 

 

É por isso que se presta atenção especial a isso na prática quiroprática, porque qualquer desarranjo sensorial de algum desses órgãos vai refletir algum tipo de disfunção motora-neurológica, à qual deve ser monitorada com atenção pelo quiropraxista na hora de se fazer a hipótese diagnóstica e se formular o melhor tratamento quiroprático.