O Sistema de Semáforo pode ser usado para guiar os quiropráticos por meio de um processo de pensamento simples, no qual eles devem habitualmente considerar estas três questões. Por exemplo:
Há evidências de pesquisas sólidas específicas a favor deste procedimento clínico?
Se não, é pelo menos lógico / biologicamente plausível?
Se sim, ganhou ampla aceitação clínica?
Respostas positivas ou negativas a essas perguntas serão interpretadas como uma das três luzes, vermelha, amarela ou verde. Luz verde significa “vá em frente”, amarela significa “prossiga com cuidado” e vermelha significa “pare”.
Os autores do estudo falam que pode ser desafiador e confuso tomar decisões clínicas em situações em que faltam evidências claras. Muitas pessoas acham desconfortável e difícil lidar com a incerteza e se sentir mais seguras se puderem seguir um algoritmo de pensamento, algum tipo de receita de como proceder.
Por outro lado, desde o início dos anos 1990, foram feitas tentativas para ajudar os quiropraxistas a atuar de maneira simplificada e baseada em evidências. A maioria dos testes manuais e/ou observacionais em muitas áreas da saúde provavelmente seria classificada nesta categoria.
Os exemplos são inspeções visuais de radiografias, testes ortopédicos e neurológicos e ausculta do abdome e do coração. Outros exemplos seriam aqueles testes de Quiropraxia que foram mal estudados ou estudados com resultados conflitantes, mas baseados em um conceito pato-anatômico aparentemente lógico.
Já para o Sistema de Semáforo, a tomada de decisão é baseada em alguns conceitos simples. Primeiro, a evidência científica tem mais peso do que a plausibilidade e experiência biológicas e, em particular, quando há falta de plausibilidade biológica, há uma necessidade muito mais forte de evidência.
Por outro lado, se houver plausibilidade biológica, nem sempre evidências fortes serão necessárias, desde que o conceito também seja respaldado por considerável experiência clínica.
Fonte: https://chiromt.biomedcentral.com/articles/10.1186/2045-709X-21-24#citeas
Artigo completo está disponível em: Leboeuf-Yde, C., Lanlo, O. & Walker, B.F. How to proceed when evidence-based practice is required but very little evidence available?. Chiropr Man Therap 21, 24 (2013). https://doi.org/10.1186/2045-709X-21-24